top of page

Ansiedade em adolescentes: sinais de alerta que muitos pais não percebem


ansiedade em adolescentes

Nem sempre o isolamento, a irritação ou o silêncio de um adolescente são apenas “coisas da idade”. Muitas vezes, esses comportamentos escondem algo mais profundo: a ansiedade em adolescentes, uma condição que pode se manifestar de forma sutil, confundindo até mesmo os pais mais atentos. Entender o que é normal no desenvolvimento e o que sinaliza sofrimento emocional é essencial para oferecer suporte na medida certa — sem invadir, sem sufocar e sem minimizar.


O que é ansiedade em adolescentes — e por que ela costuma passar despercebida


A ansiedade é uma emoção natural e necessária. Ela prepara o corpo e a mente para enfrentar desafios e situações novas. Em doses equilibradas, ajuda o adolescente a se adaptar, estudar para uma prova ou lidar com o primeiro namoro. O problema começa quando essa resposta deixa de ser proporcional à realidade e passa a interferir nas rotinas diárias, no sono, na escola ou nas relações sociais. A ansiedade em adolescentes, nesse caso, deixa de ser adaptativa e se transforma em um transtorno que causa sofrimento e limitação.

Durante a adolescência, as mudanças hormonais, cognitivas e sociais tornam a linha entre o “normal” e o “preocupante” ainda mais fina. É comum que pais confundam sinais de ansiedade com rebeldia, preguiça ou desinteresse. Essa confusão acontece porque os sintomas emocionais se misturam a comportamentos típicos dessa fase de transição — como a busca por autonomia, o distanciamento dos adultos e as variações de humor.


Por que tantos pais não percebem os sinais de ansiedade


Estudos brasileiros em psicologia do desenvolvimento mostram que muitos sintomas de ansiedade em jovens são interpretados como “dramas adolescentes”. Em famílias muito exigentes, o perfeccionismo e o medo de errar podem ser vistos como sinal de responsabilidade; em outras, o isolamento pode ser entendido como “falta de vontade”. Além disso, a ansiedade raramente se manifesta apenas em forma de preocupação. Ela pode aparecer através do corpo: dores de cabeça, enjoos, tensões musculares, fadiga constante. Muitos adolescentes passam por consultas médicas sucessivas antes de alguém considerar que esses sintomas podem ter origem emocional.

Outro fator importante é o uso excessivo de telas. O adolescente ansioso tende a se refugiar em jogos, redes sociais e vídeos para anestesiar o desconforto interno. Como isso se tornou comportamento comum entre jovens, é fácil para os pais normalizarem — sem perceber que, em alguns casos, o uso digital excessivo é uma forma de evitação.


Sinais escondidos de ansiedade em adolescentes


Alguns sinais de ansiedade em adolescentes são tão sutis que passam despercebidos durante meses. Abaixo estão alguns dos mais comuns — e que merecem atenção redobrada:

  • Queixas físicas recorrentes, como dor de cabeça ou dor abdominal, sem explicação médica.

  • Irritabilidade e explosões emocionais diante de pequenas frustrações.

  • Queda no rendimento escolar, dificuldade de concentração e procrastinação frequente.

  • Evitação de situações sociais — o jovem inventa desculpas para faltar a compromissos, evita ligações, prefere não sair de casa.

  • Perfeccionismo e autocrítica exagerada, medo de ser julgado, falas do tipo “nada que eu faço é bom o suficiente”.

  • Alterações no sono — demora para adormecer ou acordar diversas vezes à noite.

  • Uso excessivo de telas como refúgio emocional.

  • Busca de segurança constante, pedindo que os pais tomem decisões por eles ou evitando situações novas.

Esses comportamentos, quando persistentes e acompanhados de sofrimento, não devem ser interpretados como “drama” ou “fase”. Eles podem indicar um quadro de ansiedade que precisa de atenção profissional.


Como diferenciar a ansiedade da “fase da adolescência”


É natural que o adolescente viva altos e baixos, deseje mais privacidade e apresente certa imprevisibilidade emocional. O que distingue o comportamento esperado de um sinal de alerta é a intensidade, a duração e o impacto na rotina.

Os pais devem se preocupar quando:

  • o comportamento se mantém por várias semanas ou meses sem melhora;

  • há prejuízo escolar, social ou familiar;

  • o adolescente demonstra sofrimento visível, isolamento extremo ou irritabilidade constante.

Nesses casos, a ansiedade em adolescentes deve ser avaliada por um psicólogo ou psiquiatra, que poderá identificar se se trata de um transtorno de ansiedade generalizada, fobia social, transtorno de pânico ou outro tipo de manifestação.


Quando buscar ajuda profissional

Alguns sinais pedem avaliação especializada com urgência:

  • recusa escolar persistente;

  • isolamento intenso e perda de prazer por atividades que antes eram agradáveis;

  • distúrbios de sono e alimentação;

  • uso de substâncias para lidar com o desconforto;

  • falas desesperançosas ou autodepreciativas.

A procura precoce por ajuda é fundamental. Pesquisas mostram que quanto mais cedo a ansiedade em adolescentes é identificada e tratada, menores são as chances de cronificação e de comorbidades, como depressão.


O papel dos pais: como ajudar sem sufocar

A forma como os pais reagem aos sintomas de ansiedade influencia diretamente a recuperação dos filhos. Estudos brasileiros apontam que práticas parentais de superproteção, críticas excessivas ou desvalidação emocional podem intensificar os sintomas. Por outro lado, atitudes que combinam empatia e limites claros ajudam o adolescente a desenvolver autonomia emocional.


Algumas orientações úteis:

  • Valide o sentimento, em vez de corrigi-lo (“Eu entendo que você está nervoso com essa prova” é melhor do que “não é pra tanto”).

  • Evite minimizar ou dramatizar. A ansiedade é real, mesmo que pareça “sem motivo”.

  • Estimule pequenas exposições — se o adolescente evita certas situações, ajude-o a enfrentá-las aos poucos, elogiando cada passo.

  • Mantenha a comunicação aberta. Escute antes de aconselhar.

  • Cuide da própria ansiedade. Pais ansiosos tendem a transmitir insegurança e controle excessivo.

Essas estratégias, aliadas ao acompanhamento profissional, fortalecem o vínculo familiar e favorecem o desenvolvimento de habilidades emocionais.


Abordagens terapêuticas e tratamento

O tratamento da ansiedade em adolescentes costuma combinar psicoterapia cognitivo-comportamental (TCC), que ensina a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento, com intervenções familiares. Em casos moderados a graves, o uso de medicação pode ser indicado, sempre sob acompanhamento psiquiátrico.

No Brasil, a TCC e outras abordagens baseadas em evidências têm mostrado excelentes resultados quando os pais participam ativamente do processo terapêutico, aprendendo a manejar suas próprias reações e oferecer suporte consistente.


Sintomas de ansiedade em crianças e adolescentes: o continuum do desenvolvimento

Muitos dos sintomas de ansiedade em crianças evoluem ou se transformam na adolescência. Por exemplo: a criança que teme separação dos pais pode, na fase adolescente, desenvolver medo de avaliações sociais ou de falhar em público. Entender essa continuidade ajuda os pais a reconhecerem precocemente quando algo não vai bem.

Outros sintomas de ansiedade em crianças, como queixas somáticas e busca constante por segurança, também podem persistir na adolescência, assumindo novas formas. Por isso, acompanhar o desenvolvimento emocional desde cedo é uma das chaves para prevenir o agravamento dos quadros ansiosos.

Vale lembrar que muitos sintomas de ansiedade em crianças se intensificam na puberdade, quando o adolescente enfrenta novas exigências sociais, cognitivas e de identidade. É nessa fase que a escuta empática e o apoio familiar tornam-se ainda mais determinantes para o equilíbrio emocional.


Como conversar com a escola e a rede de apoio

A escola é um espaço onde os sinais de ansiedade costumam se manifestar com clareza — queda de rendimento, esquiva, choro, ou até comportamentos desafiadores. Pais e educadores devem atuar em parceria. Uma comunicação aberta com a equipe escolar pode ajudar a ajustar expectativas, flexibilizar demandas e criar um ambiente mais acolhedor. O importante é evitar rótulos (“ele é preguiçoso”, “é antissocial”) e focar na compreensão das causas por trás do comportamento.


Conclusão: presença, escuta e equilíbrio

Reconhecer a ansiedade em adolescentes exige sensibilidade, informação e paciência. Pais que aprendem a observar sem julgar, validar sem superproteger e apoiar sem invadir contribuem não apenas para a saúde emocional dos filhos, mas para o fortalecimento do vínculo familiar.

O adolescente ansioso não precisa ser “consertado” — ele precisa ser compreendido. A presença atenta e a comunicação respeitosa podem transformar o modo como a família lida com os desafios da adolescência, ajudando todos os envolvidos a crescerem juntos.


Quer aprender, na prática, como lidar melhor com esses desafios?


Se você deseja compreender mais profundamente o que está por trás do comportamento do seu filho, e aprender como dialogar com firmeza e empatia, o curso “Guia Prático para os Pais”, com o psicólogo Alexandre Scoz, pode ser o próximo passo.

Com base em evidências científicas e mais de 35 anos de experiência clínica, o curso ensina a:

  • entender as causas emocionais por trás das reações do seu filho;

  • construir diálogos respeitosos e eficazes;

  • intervir com consciência, sem culpa ou gritos.


São 3 módulos completos, 2 mentorias ao vivo e acesso ao conteúdo no seu ritmo, para que você transforme o modo como se relaciona com seu(s) filho(s) — e com você mesmo.


👉 Descubra como fortalecer o vínculo familiar e ajudar seu filho a lidar com a ansiedade de forma saudável. Saiba mais sobre o curso clicando aqui.


 
 
 

Comentários


Dê o primeiro passo para fortalecer o vínculo familiar

Imagine um ambiente familiar onde o diálogo é mais forte que os gritos, onde você compreende melhor as necessidades do seu filho e ele se sente seguro e respeitado. Isso é possível, e a orientação parental com base em práticas comprovadas pode te ajudar a chegar lá.
Inscreva-se agora e transforme os desafios da adolescência em um período de crescimento e conexão duradoura. Sua família merece essa mudança!

  • Instagram
  • LinkedIn

Mensagem enviada!

© Todos os direitos reservados.
Feito com ♥ por Entrelinhas Marketing.

bottom of page